O envelhecimento da população tem ocorrido de forma bastante acentuada no Brasil. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz – Brasília, atualmente, há uma estimativa de cerca de 30 milhões de pessoas idosas no país, sendo que mais de 600 mil pessoas integram esta parcela na sociedade, por ano.
Passados cerca de dois anos após o início da pandemia da COVID-19, as circunstâncias do isolamento físico, assim como seus desdobramentos, tornaram ainda mais gritantes as fragilidades sociais existentes, fomentando um cenário propício para o aumento da violência contra as pessoas acima de 60 anos, até então consideradas como grupo de risco. De acordo com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, as denúncias de violência contra pessoas idosas cresceram 81% durante a pandemia no Brasil. Mais de 60% dos casos ocorrem nos lares e dois terços dos agressores são filhos e filhas.
Idosas e idosos quase não realizam as denúncias, seja por medo ou para protegerem seus familiares que em muitos casos são os reais agressores. Somente 1 em cada 24 casos são de fato reportados as autoridades. A OMS – Organização Mundial da Saúde, define como violência ou maltrato contra a pessoa idosa o ato (único ou repetido) ou omissão que cause dano ou aflição e que se produz em qualquer relação na qual exista expectativa de confiança.
Buscando a melhoria da qualidade de vida e a valorização da pessoa idosa, seus direitos de igualdade e acesso às políticas públicas, o Sesc São Paulo apresenta mais uma edição da Campanha de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, que acontece de 8 a 15 de junho nas unidades da capital, interior e litoral, no formato presencial e online.
Com o tema Reconhecimento e Direitos, a campanha busca trazer as principais tipologias de violência contra a pessoa idosa para que a população possa reconhecer, se proteger e denunciar, compreendendo como funcionam as redes socioassistenciais e como estas se articulam e operam de modo a agir positivamente e de forma socioeducativa na situação.
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Conheça os tipos de violência contra a pessoa idosa
1. Negligência
Quando há descaso da família, órgãos públicos e instituições privadas que trabalham com o bem-estar das pessoas idosas. Caracteriza-se pela omissão diante de situações de violência, maus-tratos e abandono.
2. Violência Psicológica
Menos reconhecida como uma forma de violência, envolve discriminação, humilhação e preconceitos que acabam culminando em tristeza, sofrimento e depressão.
3. Abuso Financeiro
Apropriação ilegal dos recursos e bens da pessoa idosa, por meio não consciente, até mesmo quando acha que está ajudando, ou por intimidação e utilização forçada.
4. Violência Física
Agressões, beliscões, tapas e xingamentos acompanhados de empurrões, que em estágios graves podem levar à sérias lesões ou até mesmo a óbito.
5. Violência Institucional
Falta de políticas públicas e de efetivas redes de apoio e proteção, além do abandono de instituições estatais ou privadas.
6. Violência Sexual
Compreende-se por práticas eróticas impostas às pessoas idosas por meio de aliciamento ou ameaças, como por exemplo beijos forçados e atos sexuais sem consciência ou consentimento.
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A quais redes recorrer em casos de violência contra pessoas idosas?
A Política social é constituída por um conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios que fazem parte do SUAS – Sistema Único de Assistência Social. São redes socioassistenciais que oferecem atendimento psicológico, de assistência social e de defesa de direitos e enfrentamento as situações de insegurança e fragilidade.
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Canais de denúncia
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Acesse a programação das unidades do Sesc São Paulo.
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Reconheça e saiba como não repetir este ciclo!
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