No ano em que Chico Buarque completou 80 anos de idade, Jorge Helder nos presenteia com o álbum Samba e Amor. Esse lançamento do Selo Sesc apresenta um repertório de 8 ilustres canções representativas da variedade e maestria da obra de Chico. Uma escolha difícil dado o grande número de composições do carioca que são ovacionadas por seu público. O álbum digital está disponível nas principais plataformas de áudio e no Sesc Digital.
O baixista cearense vem acompanhando a carreira de Chico nos palcos desde a década de 1990. O nome do álbum é, segundo Helder, devido aos “anos tocando samba e compartilhando amizade com o Chico”. Essa parceria já rendeu à dupla 3 parcerias na composição de canções: Bolero blues (2006), Rubato (2011) e Casualmente (2017), todas presentes em Samba Doce, primeiro álbum de Helder, lançado pelo Selo Sesc em 2020.
Samba e Amor é também um álbum que celebra a gentileza, parceria e amizade, uma vez que é fruto de um trabalho coletivo com outros importantes nomes da música brasileira. No rol de artistas estão os cantores e compositores Vanessa Moreno e Filó Machado, o guitarrista Chico Pinheiro, o pianista Helio Alves, o baterista e percussionista Vitor Cabral, Rafael Mota, também na percussão e Iury Batista no contrabaixo.
Helder presou pela liberdade criativa dos músicos para se somarem à criatividade e versatilidade musical já conhecidas do baixista. “Além da afinidade musical, admiro o trabalho de todos. Chico Pinheiro e Helio Alves gravaram no meu disco anterior. Já fiz alguns shows de Edu Lobo com Vanessa Moreno, cantando Chico Buarque. Sempre tive vontade de trabalhar com Filó Machado desde a década de 80, quando eu ainda morava em Brasília e admirava o seu trabalho. Vitor Cabral conheci recentemente e me encantei pela sua musicalidade, ouvindo-o tocar com a saudosa Gal Costa”, comenta Helder. O baixista também destaca a participação de Iury Batista em Dois Irmãos como forma de demonstrar a amizade e admiração que tem pelo jovem músico conterrâneo, que conhece desde que era adolescente.
Abrindo o álbum, em versão totalmente instrumental, As Vitrines, do álbum Almanaque, composta em 1981. A canção foi tema de abertura de Sétimo Sentido, novela Global de Jane Clair, de 82, demonstrando assim a popularidade e abrangência atingida pela obra de Chico nos lares brasileiros, para além da parcela afeita à MPB. Em Samba e Amor, a voz de Chico no conhecido refrão é traduzida principalmente pela guitarra de Pinheiro.
O que será?, composta em 76 para o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, destaca-se pelas parcerias. Nela unem-se ao baixo-elétrico de Helder as vozes de Moreno e Machado, a guitarra de Pinheiro, o piano de Alves e a bateria de Vitor Cabral. O mesmo acontece na versão de Helder de Morro Dois Irmãos, composta originalmente em 1989, e de Brejo da Cruz, canção que completa 40 anos em 2024.
Basta um Dia, também de 76, ganha a voz de Vanessa Moreno, enquanto Ela Desatinou, de 68, surge na voz de Filó Machado. Em Deus lhe Pague, de 71, também em versão instrumental em Samba e Amor, a agilidade do piano de Alves e o dedilhado da guitarra de Pinheiro ganham destaque. O álbum fecha com a canção homônima, Samba e Amor, de 1970.
“Todas essas canções toquei em diferentes turnês com Chico, e gravá-las me remeteu a esses tempos felizes com a banda. A única exceção é Basta um Dia, que tenho uma profunda admiração. Escolhi essas músicas porque tanto letra quanto melodia são do Chico e quis ressaltar que, além de um grande letrista é, um grande melodista”, completa o baixista.
Ouça o álbum Samba e Amor nas principais plataformas de áudio e no Sesc Digital.
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