Ser Atleta é ser diverso

14/07/2021

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Acompanhe a mesa de abertura:

Nos 100 anos da primeira participação da delegação do Brasil nos Jogos Olímpicos, marcado pela edição de Tóquio, mais de 4 mil atletas olímpicos e paraolímpicos vestiram o uniforme brasileiro. No pódio, só existem três posições. Mas, para além dos medalhistas e suas vitórias, existem outras centenas de atletas com narrativas que envolvem conquistas, lutas, desigualdades, precariedades e disputas.  

A exposição Ser Atleta, realizada pelo Sesc Itaquera com apoio institucional do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), acontece totalmente em ambiente virtual e traz como protagonistas os esportistas olímpicos e paralímpicos. A proposta é apresentar de forma crítica a história do esporte olímpico brasileiro a partir da ótica dos próprios atletas.  

A curadoria foi realizada por Katia Rubio, jornalista, psicóloga e professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, que há mais de 20 anos se dedica a pesquisa da trajetória dos atletas olímpicos. 

A abertura acontece no 19 de julho, segunda-feira, às 19h, com um bate-papo online, transmitido ao vivo pelo canal do Sesc São Paulo no YouTube com a presença de Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, Katia Rubio, curadora da mostra, a pentatleta Yane Marques e Maurício Dumbo, futebolista paralímpico angolano naturalizado brasileiro. 

Em referência aos cinco arcos olímpicos, a exposição apresenta cinco eixos da diversidade: “Ser Diferente?”, “Ser LGBTQIAP+”, “Ser Migrante”, “Ser Mulher” e “Ser Negra e Ser Negro”. Em cada um desses segmentos são apresentados quatro atletas olímpicos e dois paralímpicos que – por meio de fotos, vídeos, textos, animações e áudios – contam suas histórias de pertencimento e identificações sociais, que ilustram a relação entre o esporte e a sociedade. 

A história de Fabi Alvim, atleta do vôlei, será retratada no arco “Ser Diferente?”. Foto: Comitê Olímpico do Brasil

Ser Diferente? A proposta é colocar em xeque a ideia de normalidade e discutir padrões sociais referentes aos corpos dos esportistas, desmistificando a imagem estereotipada do atleta alto, forte e rápido. O eixo traz histórias de diversos atletas que contemplam a pluralidade dos corpos.  

Daniel Bispo (Boxe) | Darlan Romani (Atletismo) | Evelyn Vieira (Bocha Paraolímpica) | Fabiana Alvim (Voleibol) | Joana Neves (Natação) | Maria Elizabete (Levantamento de Peso) 

Ser LGBTQIAP+ O eixo apresenta temas relacionados à orientação sexual e identidade de gênero. As histórias dos atletas perpassam pelas lutas contra a homofobia e pela defesa de direitos e da cidadania. 

Edênia Garcia (Natação) | Ian Matos (Salto Ornamental) | Isadora Cerullo (Rugby) | Julia Vasconcelos (Taekwondo) | Tuany Barbosa (Atletismo) | Walmes Rangel (Atletismo) 

Ser Migrante Neste arco serão contadas histórias de atletas que se deslocaram internamente ou imigrantes de outros países que se estabeleceram no Brasil.  São abordados aspectos como o impacto desses deslocamentos nas formações dos atletas, xenofobia e a política migratória brasileira.  

Burkhard Cordes (Vela) | Edinanci Silva (Judô) | Edson Cavalcante (Atletismo) | Fernando Meligeni (Tênis) | Juliano Fiori (Rugby) | Maurício Dumbo (Futebol de 5) 

Ser Mulher Proibidas de participar da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896, a luta das mulheres por reconhecimento e acesso ao esporte são temas desse eixo. As narrativas das atletas abordam histórias de pioneirismo em modalidades, lutas contra o machismo e o protagonismo feminino no esporte e na sociedade.  

Ádria Santos (Atletismo) | Benedicta Souza Oliveira (Atletismo) | Camille Rodrigues (Natação) | Jackie Silva (Vôlei de Praia) | Joanna Maranhão (Natação) | Yane Marques (Pentatlo) 

Alfredo Gomes, primeiro atleta negro a participar dos Jogos Olímpicos. Foto: Acervo da família

Ser Negra e Ser Negro Histórias de enfrentamento ao racismo estão presentes nas histórias dos atletas que compõem esse eixo. As narrativas envolvem temas do apagamento de identidades, da invisibilidade no esporte e das relações étnico-raciais no Brasil.  

Alfredo Gomes (Atletismo) | Diogo Silva (Taekwondo) | Irenice Maria Rodrigues (Atletismo) | Milton Castro (Atletismo) | Raissa Rocha (Atletismo) | Roseane Ferreira dos Santos (Atletismo) 

A apresentação dessas histórias será fracionada em três partes. As primeiras dez narrativas estreiam durante a abertura da exposição em julho. Em agosto, serão lançados mais dez novos conteúdos e, finalizando, em setembro, os últimos dez.  

Além das narrativas, a exposição apresenta uma Linha do Tempo com 100 marcos históricos que destacam avanços e retrocessos sociais relacionados aos cinco eixos temáticos. 

O site conta também com um espaço educativo com materiais direcionados para professores e educadores, visitas mediadas virtuais (com inscrições individuais ou para grupos) e quatro jogos online.    

Durante os meses de julho a novembro, a programação do Sesc Itaquera dialogará com a exposição por meio de bate-papos, oficinas, cursos e atividades para todos os públicos, que irão abordar os temas propostos pelos eixos temáticos da exposição.  

Abertura 
Dia: 19 de julho
Horário: 19h
Participantes: Prof. Danilo Santos de Miranda, Katia Rubio, Yane Marques e Maurício Dumbo 
Transmissão: YouTube do Sesc São Paulo 

Exposição
Data: 19 de julho a 30 de novembro
Site: seratleta.sescsp.org.br

Ficha técnica: 
Curadoria: Katia Rubio
Assessoria de Diversidade: Adriana Inês de Paula; Neilton de Sousa Ferreira Junior; Leonardo Morjan Britto Peçanha; William Douglas de Almeida; Luciane M. M. Tonon; Ellen Moraes Scherrer 
Produção Artística: Loma Filmes 
Produção Esportiva: Abajur Eventos 

Apoio Institucional: Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) 

Realização: Sesc Itaquera

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