Foto: Atividade Ecologia do impossível: Construção com terra, que acontece no Sesc Pompeia
De 5 a 20 de novembro, o Sesc Itaquera e o Sesc Pompeia realizam o projeto “Tecnologias Ancestrais: Por uma ciência contracolonial”, com o objetivo de repensar o conceito de tecnologia a partir de matrizes afro-indígenas.
O que é tecnologia? De que forma os povos originários e da diáspora contribuíram para a sociedade – em suas diversas esferas e âmbitos – por meio das suas múltiplas tecnologias, e dos seus modos de viver, ser, ver e experimentar o mundo? A partir destes questionamentos, o projeto traz à tona as contribuições de cosmovisões afrodiaspóricas e indígenas para a atualidade.
Serão mais de 10 atividades gratuitas realizadas nas duas unidades. Entre os destaques está a mesa “Contracolonialidade: confluências e transfluências entre povos tradicionais”, que abre o projeto, no dia 5/11, às 19h, na Área de Convivência do Sesc Pompeia. Jera Guarani, liderança da comunidade indígena Tenondé Porã, e Sidnei Nogueira, babalorixá e professor-fundador do Ileará – Instituto Livre de Estudos Avançados em Religiões Afro-Brasileiras, reúnem-se em torno da obra do quilombola Antônio Bispo do Santos para uma conversa sobre tradições de comunidades originárias e de terreiro. A mediação é de Jack Magalhães, programador em educação ambiental no Sesc Itaquera.
No dia 12/11, sábado, das 7h às 18h, o Sesc Itaquera realiza a “Vivência na Terra Indígena Tenondé Porã – Aldeia Tekoa Kalipety”, em que os participantes passarão um dia na Terra Indígena Tenondé Porã, localizada em Palhereiros, zona sul de São Paulo, dialogando sobre as intersecções entre os saberes indígena e quilombola. Os diálogos e reflexões ocorrerão em formas de bate-papo, vivências com a Terra, apresentações de dança e música.
Na oficina “Ecologia do impossível: Saneamento ecológico”,que acontece no dia 16/11, quarta, às 10h, oColetivo Odara, o Quilombo Mirim e a Minhocaria discutem alternativas de redução de impacto e até mesmo de impacto positivo do ser humano em relação ao ambiente, tendo como pautas as técnicas de compostagem e o entendimento de tecnologias de tratamento ecológico das águas.
A apresentação do “Ilu Inã apresenta: Pele e Chão”, no dia 20/11, domingo, às 15h30, encerra o projeto. Neste show comentado, Ilu Inã e Salloma Sallomão dialogam sobre tecnologias afroameríndias poético-musicais, através do repertório “Pele e Chão”, fundamentado em escritos de Beatriz Nascimento e na obra musical de maestros como Pixinguinha, Abgail Moura, Moacir Santso, Naná Vasconcelos e Paulo Moura.
Haverá ainda oficinas, bate-papos, shows e outras atividades. A programação completa está disponível em sescsp.org.br/tecnologiasancestrais.
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