No dia 3 de maio de 2022, o Sesc Rio Preto abre a itinerância da 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto, que ficará disponível para visitação até 31 de julho, com entrada gratuita.
A exposição é realizada pelo Sesc São Paulo, em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo, e integra o programa de mostras itinerantes que tem o objetivo de promover o deslocamento de recortes desse grande evento internacional paulistano para diversos territórios do Brasil e do exterior.
Os horários para visitação no Sesc Rio Preto são:
De terça a sexta, das 13h às 21h30
Aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30
Para grupos, deve ser feito agendamento pelo e-mail: educativo.riopreto@sescsp.org.br
SOBRE A EXPOSIÇÃO
Nesta edição da Bienal, a concepção curatorial trouxe elementos – chamados “enunciados” – que não são obras de arte, mas que possuem histórias marcantes, capazes de sugerir leituras às obras dispostas ao seu redor. O título da mostra, “Faz escuro mas eu canto”, é um verso do poeta amazonense Thiago de Mello, publicado em 1965 que, além de complementar cada enunciado, reforça e reconhece a urgência dos problemas contemporâneos e apresenta a arte como um território de resistência.
A curadoria recorreu a esses elementos para alcançar uma linguagem capaz de delinear os campos de força criados pelo encontro de obras produzidas e, também, convidar os visitantes a pensarem a respeito desses temas que perpassam a colonização, o racismo e as questões indígenas.
No Sesc Rio Preto, serão exibidas obras dos artistas Claude Cahun, Daiara Tukano, Gala Porras-Kim, Haris Epaminonda, Jungjin Lee, Mariana Caló e Francisco Queimadela, Marinella Senatore, Melvin Moti, Uýra e Victor Anicet, além de dois enunciados: A imagem gravada de Coatlicue; e Hiroshima mon amour, de Alain Resnais.
O primeiro enunciado se refere a estátua da deusa Caotlicue, que havia sido erguida na antiga capital asteca e que, em 1520, foi enterrada por hordas espanholas. A estátua foi descoberta e desenterrada em 1790, durante obras de construção de um canal de água, e havia uma ordem para que fosse levada para a Universidade Real como uma relíquia mesoamericana. Porém, as autoridades espanholas decidiram escondê-la novamente, agora sob o claustro da universidade, para que não fosse desencadeada uma revolução. Em 1804, o explorador alemão Alexander von Humboldt pediu para vê-la e desenhá-la, mas não completou a ilustração porque tornaram a enterrá-la. Humboldt, então, precisou usar a imaginação para terminar o desenho e, assim, inspirou este enunciado que é o poder da resistência da deusa da fertilidade.
O outro enunciado parte de Hiroshima mon amour, o clássico dirigido por Alain Resnais em 1959. Na sequência inicial do filme, a personagem Ela se refere ao que encontrou em Hiroshima quase quinze anos após o bombardeio que vitimou mais de 160 mil pessoas, mas poderia estar falando também dos campos de concentração nazistas, ou mesmo de museus de despojos da colonização.
Acesse aqui o Guia Digital da Bienal para saber mais informações sobre a itinerância no Sesc Rio Preto ou aponte a câmera do celular para o QR Code abaixo:
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