Ativistas de vários países estão no documentário “Aids 30 Anos: As Respostas das ONGs do Mundo”
Cerca de 30 milhões de pessoas vivem infectadas com o vírus HIV, segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids; para refletir a respeito dos grandes desafios para enfrentar a epidemia descoberta em 1981, o SescTV preparou uma programação temática para o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
No próximo domingo, 1º de dezembro, o canal exibirá dois documentários que abordam vidas sob o estigma da doença: Aids 30 Anos: As Respostas das ONGs do Mundo, dirigido por Alcione Alves, e Positivas, com direção de Susanna Lira, além do premiado curta de ficção Doce de Coco, dirigido por Alan Deberton.
O primeiro documentário, que será exibido às 19h, traz relatos de ativistas de vários países, revelando modos de lidar com a falta de informação, o preconceito e a ausência de políticas públicas de combate às formas de contágio da doença, além das mudanças de comportamento ocorridas ao longo de 30 anos.
Representantes das ONGs, ativistas e portadores de todo o mundo reúnem-se, a cada dois anos, para trocar experiências sobre os trabalhos que realizam em suas comunidades e são essas práticas que o documentário aborda. Situações emblemáticas de países como Uganda, onde 20 mil crianças nascem com o vírus, e do preconceito que sofrem os transgêneros infectados na Índia são apresentadas, mas há também boas novas alentadoras como o depoimento da cientista francesa Françoise Barré-Sinoussi, que recebeu Prêmio Nobel por ter descrito o vírus da AIDS, sobre a relevância do acesso universal ao tratamento da doença.
Positivas, dirigido por Susanna Lira, irá ao ar às 23h e apresenta mulheres de diferentes idades e classes sociais de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Alegre, que contraíram o vírus HIV de seus maridos e parceiros estáveis. Com depoimentos cheios de humanidade, elas contam o que é ser soropositiva e como lidam com o preconceito, a vergonha, a vulnerabilidade feminina diante da descoberta da doença em situações inesperadas e também denunciam a falta de informação sobre a Aids.
Elas listam uma série de fatores que acabam levando as mulheres a contraírem o vírus, entre eles a impossibilidade de negociar com os maridos o uso de preservativos, problemas de apropriação de autonomia para recusar relações sexuais sem preservativos, tabus sobre sexualidade, dependência financeira, confiança cega nos companheiros, vulnerabilidade feminina pela submissão e pela questão sentimental, além do machismo, da violência doméstica e sexual e da aceitação velada da infidelidade masculina.
Na sequência, às 23h30, será exibido o premiado curta-metragem Doce de Coco, dirigido por Allan Deberton, que não aborda a temática, mas traz uma ficção sobre a gravidez de uma menina que, ao se banhar no rio, acaba sendo seduzida.
Ativistas de todo o mundo enfatizam a necessidade de se investir em prevenção junto às novas gerações, sobretudo entre mulheres e jovens. Não à toa, o diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, afirmou na última sexta-feira (22/novembro) que “a cada hora, 50 mulheres jovens se tornam recém-infectadas pelo HIV e que mulheres e meninas têm o direito de viverem livres da violência e das injustiças e de se protegerem contra o HIV”.
Aids 30 Anos: As Respostas das ONGs do Mundo
Dia 01/12, às 19h
Classificação Indicativa: 10 anos
Reapresentações: Dias 02/12, às 20h; 03/12, às 4h e às 15h; 04/12, às 13h; 06/12, às 11h e 07/12, às 9h.
Positivas
Dia 01/12, às 22h
Classificação Indicativa: 14 anos
Reapresentação: Dia 10, às 4h
Doce de Coco
Dia 01/12, às 23h30
Classificação Indicativa: 12 anos
Sem reapresentações programadas
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