Há três décadas, a Revista E constrói vínculos com o público por meio do compromisso de informar, ampliar repertórios e provocar apreciação estética
POR ADRIANA REIS PAULICS
IMAGENS ACERVO / SESC MEMÓRIAS
Leia a edição de JULHO/24 da Revista E na íntegra
O cenário sociocultural brasileiro pulsava euforia e vivia um intenso diálogo com as múltiplas referências da identidade nacional em meados da década de 1990. Em abril de 1994, era lançado o álbum Da Lama ao Caos, de Chico Science & Nação Zumbi, que segue como um marco para a música brasileira. Outros acontecimentos daquele ano também demonstraram a intensidade de 1994: a morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, num acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em maio; o lançamento do Plano Real, em junho; a conquista do tetracampeonato da Copa do Mundo da Fifa, em julho; e a despedida do maestro Antônio Carlos Jobim, em dezembro.
Foi nesse contexto que a Revista E teve sua primeira edição lançada, em julho de 1994, há exatos 30 anos. Desde sua criação, essa publicação mensal do Sesc São Paulo assume o vínculo com a mediação cultural por meio do compromisso com a promoção do diálogo, da reflexão e da ampliação de repertório dos seus leitores. Já em suas primeiras edições, a Revista E se configurava como um espaço para o encontro de múltiplos saberes; para a prática do pensamento crítico; o encontro de ideias e do diálogo; e o exercício de criatividade.
“Originalmente criada para organizar a divulgação da programação mensal do Sesc São Paulo, a Revista E foi ampliando seu conteúdo editorial ao longo dos anos, e cresceu em número de páginas e alcance de público. A disposição original para a mediação cultural levou a publicação a oferecer uma experiência em si, pensada com os mesmos elementos que constituem quaisquer ações da instituição. Isso significa dizer que, além de informar, é uma proposição que se dedica a ampliar repertórios, provocar o olhar, estimular apreciação estética e a pluralidade de ideias”, descreveu o ex-diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda (1943-2023), que participou da concepção do projeto.
De 1994 para cá, a Revista E já realizou mais de 300 edições. Por meio das centenas de reportagens, entrevistas, depoimentos, textos de ficção e artigos reflexivos que já passaram por suas páginas, a publicação pauta discussões sociais, culturais e políticas que repercutem o contemporâneo. Para ajudar a narrar essa história, contou com o reforço de vozes ilustres em suas pautas, a exemplo de artistas como Fernanda Montenegro, Milton Nascimento e Chico Buarque; de escritores como Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst e Luís Fernando Veríssimo; de intelectuais como Edgar Morin, Domenico De Masi e Ana Mae Barbosa; e de cientistas como Renato Janine Ribeiro, Mayana Zatz e Dráuzio Varella.
A celebrada longevidade e reconhecida relevância desse projeto fazem da Revista E uma ferramenta para o fortalecimento do vínculo do Sesc São Paulo com seus públicos, pois a publicação lida, essencialmente, com o diálogo. Distribuída gratuitamente aos frequentadores das unidades da capital, interior e litoral, é produzida a partir de elementos fundamentais do próprio exercício da comunicação, ou seja, com o compromisso de informar, de provocar reflexões sobre os mais variados assuntos, de construir memória e de proporcionar uma ampliação do repertório de seus leitores acerca do mundo.
Ao ocupar intencionalmente esse lugar mediador – concepção que vai ao encontro da ação educativa do Sesc –, a Revista E cumpre, inclusive, o propósito do nome que recebeu ao ser criada. Afinal, este “E” é a conjunção aditiva que conecta o Sesc São Paulo ao seu público; os leitores às artes; o erudito ao popular; as diferentes gerações; a cidade aos seus cidadãos.
Para relembrar as primeiras três décadas da Revista E, as páginas a seguir propõem um passeio visual por capas emblemáticas, revisitando as escolhas artísticas e estéticas que ajudaram a construir a trajetória dessa publicação.
Do papel às telas, Revista E acompanha as inovações no campo da comunicação e amplia seu alcance em múltiplas plataformas
Para acompanhar as mudanças tecnológicas que trouxeram novos paradigmas à comunicação – como a consolidação da internet e das mídias digitais –, a Revista E, ao longo de três décadas de existência, passou a ocupar novos espaços, alcançando ainda mais leitores.
Também presente no portal do Sesc São Paulo, a publicação mantém perfis no Instagram e no Facebook, além de um canal no YouTube, a fim de ampliar o alcance de seus conteúdos. Está disponível ainda no aplicativo Sesc SP para tablets e celulares. Além de todo o material produzido para a publicação impressa, os canais digitais da Revista E reúnem trechos de entrevistas e depoimentos, conversas em áudio, galerias de imagens e outras informações complementares em diversos formatos.
Seja em suas páginas impressas ou no ambiente digital, a Revista E adota, predominantemente, uma perspectiva propositiva dos temas abordados, numa escolha de linha editorial ancorada em princípios éticos e de construção da cidadania. Também busca, por meio de suas escolhas temáticas, expor uma diversidade de traços, estilos, cores e manifestações artísticas, reverberando as programações das unidades do Sesc São Paulo.
Para saber mais:
sescsp.org.br/revistae
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