O projeto “Museu do Ipiranga em Festa” retorna presencialmente após 2 anos com diversas ações programáticas durante os próximos meses
Com a reinauguração do Museu do Ipiranga, o Sesc Ipiranga retorna com o projeto Museu do Ipiranga em Festa a partir do dia 10 de setembro, oferecendo ao público uma programação em diálogo com o museu, contando com ações, inclusive, dentro das dependências do Jardim Francês e do Parque da Independência.
Abrindo a programação, nos dias 5 e 6/11, acontece “Corteja Paulo Freire” com Cia. do Tijolo e artistas convidados. Como no carnaval de Olinda, no momento da saída do Homem da Madrugada que inaugura o carnaval, como nas saídas de santo ou nas procissões católicas, o público se juntará aos bonecos gigantes, Patativa do Assaré, Federico Garcia Lorca, Ivone Gebara, Dom Helder Câmara, num coro para reabertura dos trabalhos depois de um longo inverno. Junto de nós, o aniversariante, o personagem principal, Paulo Freire.
Prosseguindo com a programação, no mesmo final de semana (dias 5 e 6/11) acontece a performance “Involuntários da Pátria“. Criada por Sonia Sobral e Fernanda Silva em julho de 2016, a partir de encontro em residência artística no CAMPO Arte Contemporânea em Teresina, quando o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro proferiu uma aula pública nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Nos dias 12, 13, 15, 19 e 20/11, é a vez da oficina “De olho no Museu: fotografia pinhole“, com Cidade Invertida, integrar a programação. Um grupo de pesquisadores de processos fotográficos vêm ao Museu do Ipiranga registrar o movimento e “vistas” da edificação, reconstituindo de forma experimental algumas técnicas de captura e impressão fotográfica: lambe-lambe, colódio, pinhole e goma bicromatada.
Encerrando a programação do mês, nos dias 26 e 27/11, acontece “AnonimATO“, com a Cia Mungunzá de Teatro. Em um cortejo de 100 metros em linha reta, o espetáculo, faz uma homenagem ao fazer teatral e reúne 14 artistas em grandes instalações. Os oito personagens – a mãe, a mulher-árvore, a vendedora de sonhos, o homem-placa, o pipoqueiro, o trabalhador, o homem que é “todo mundo” e a mulher que é “ninguém” – representam a multidão presente no ato, e vão se transformando ao longo da caminhada.
Em outubro, entre 8 e 29/10, acontece a oficina “De olho no Museu: fotógrafo lambe-lambe”, com Maurício Sapata. Inspirados pelos fotógrafos que exerciam seu ofício em retratos dos transeuntes e paisagens do entorno a partir do século XIX, um grupo de pesquisadores desses processos participa da programação para registrar o movimento e “vistas” da edificação, reconstituindo de forma experimental algumas técnicas de captura e impressão fotográfica como: lambe-lambe, colódio, pinhole e goma bicromatada.
Já nos dias 15 e 16/10, é a vez do espetáculo “Prot{AGÔ}nistas“, com “O Movimento Negro no Picadeiro”, reunir artistas da música, dança e do picadeiro em uma dramaturgia que convida a plateia a contemplar a estética negra em discurso permeado de potência e técnica apurada. Vinte e nove artistas ocupam palco para acontecer na cena contemporânea, trazendo resistência da diáspora brasileira em vozes e corpos plenos de identidade e expressão.
Encerrando a programação de outubro, nos dias 22 e 23/10, o Grupo Manjarra com participação Mestre Inácio Lucindo (PE) traz a “Sambada de Reis“. O espetáculo em formato de cortejo referenciado na Dança Tradicional do Cavalo Marinho Pernambucano, é guiado por mulheres que oferecem um grande baile ao público. O ritmo pulsante da música é acompanhado por diferentes formações coreográficas e passos denominados de “trupés”.
No sábado e domingo (dias 10 e 11/9), às 11h, na Convivência do Sesc Ipiranga, o Taturana Grupo apresenta a intervenção Maletas da Independência, em que, percorrendo quatro textos curtos e bem-humorados, se revelam e reverberam outras histórias sobre o ato de independência que é sempre tão emblemático em nossa sociedade.
De 10 a 18/9 (sábados e domingos), às 16h, o espetáculo Dias da Independência, se utilizando de elementos musicais e da cultura popular, reúne uma trupe de artistas e reconstitui de forma lúdica e divertida os dias que antecederam a Proclamação da Independência do Brasil, quando notícias vindas de Portugal diziam que o Brasil seria invadido e Dom Pedro seria levado à força para a Europa, a princesa Leopoldina então, reúne o Conselho de Ministros e declara a independência.
Nos dias 17 e 18/9 (sábado e domingo), ocorrem outras duas intervenções no Jardim do Museu do Ipiranga, Modernistas e Outras Vozes e A Babá Quer Passear, ambas a partir das 14h.
Em Modernistas e Outras Vozes, o Grupo XIX de Teatro dá vida a personagens e figuras icônicas do final do século XIX e início do século XX que, circulando pelo Parque da Independência, revelam lembranças e maneiras de ser e estar no mundo, propondo a reflexão de como a busca por liberdade e identidade continuam urgentes ainda no século XXI.
Já em a Babá Quer Passear, Ana Flávia Cavalcanti provoca o debate sobre a invisibilidade dos trabalhadores domésticos no Brasil, que em sua maioria são mulheres e homens de corpos negros. Vestida de branco, fazendo alusão aos uniformes das babás, a performer fica dentro de um carrinho de bebê à disposição dos transeuntes para um passeio e uma conversa, nas dependências do parque.
Ainda nos dias 17 e 18/9 (sábado e domingo), às 18h, o Quintal do Sesc Ipiranga recebe De Tempo Somos, Um Sarau do Grupo Galpão, reunindo canções, poesia e festa, o espetáculo celebra o encontro da música com o teatro, que se tornou marca registrada do grupo mineiro em seus quase 40 anos de história.
Encerrando o mês de setembro, nos dias 24 e 25/9 (sábado e domingo), o Sesc Ipiranga oferecerá mais duas intervenções nas dependências do parque: Algum Desses é Seu Parente? e Cortejo e Auto do Bumba Meu Boi. Oferecida pelo Coletivo Estopô Balaio, grupo majoritariamente composto por artistas indígenas, Algum Desses é Seu Parente? traz um cortejo musical em que os atores se vestem com estandartes com fotos de seus parentes indígenas cantando músicas que tratam a memória indígena na cidade, buscando encontrar as memórias deste território.
E o Cortejo e Auto do Bumba Meu Boi é a história de um povo, sua trajetória encenada, cantada, com força, ironia e malícia de personagens e seres encantados muito presentes na identidade cultural do país. Conhecida por todo o país, a brincadeira é apresentada pelo Grupo Cupuaçu que faz, há quase quarenta anos, a Festa do Boi no Morro do Querosene. O auto contará também com a presença de Ribinha de Maracanã, compositor e cantador de toadas do grupo Boi de Maracanã em São Luís do Maranhão.
Acompanhe a programação do Museu do Ipiranga em Festa dos próximos meses aqui em nosso site e em nossas redes sociais!
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