Em uma era de aumento do número de anos vividos e de idosos no país, o número de casos de demência por doença de Alzheimer tem aumentado. Essa doença ataca o cérebro, afeta a memória, atenção, planejamento de tarefas, independência e qualidade de vida. Além disso, afeta também os familiares do paciente e o sistema de saúde. Para o desenvolvimento da demência existem alguns fatores de risco, e alguns deles são modificáveis. O combate ao sedentarismo, por exemplo, pode ter um impacto expressivo na alteração da trajetória clínica de idosos.

A prática de exercícios físicos, ou o simples aumento do nível de atividade física, estão relacionados a diminuição do risco de desenvolver demência. Isso porque mexer-se fortalece o corpo, promovendo independência funcional, e atuando na melhora da saúde do cérebro, estimulando a memória e a cognição. A musculação tem se mostrado uma forte aliada a promoção integral da saúde do idoso. Ela é uma ferramenta não farmacológica, de fácil acesso e econômica que estimula, a partir da contração muscular, a plasticidade cerebral e age contra a neurodegeneração gerada pela demência.

Com Isadora Cristina Ribeiro, graduada em Educação Física, especialista em exercício físico para terceira idade, em fisiologia do exercício e em neuroimagem, Mestre em Gerontologia e Doutora em Neurociência. Atualmente faz pós-doutorado na faculdade de ciências médicas da UNICAMP, investigando alterações de neuroimagem e biomarcadores plasmáticos da doença de Alzheimer.

Com Ítalo Karmann Aventurato, Médico pela Universidade Federal de São Paulo com residência em Neurologia pela Universidade Estadual de Campinas, tendo se especializado em Neurologia Cognitiva e Comportamental. Atualmente está em seu último ano de doutorado em ciências médicas, onde estuda cognição e neuroimagem, além de aplicações de técnicas de inteligência artificial.