Foto: Divulgação
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Abre Caminho: Agosto Indígena 2024

Agosto Indígena

Consolação

L

atividade presencial

Local: Teatro Anchieta

Você também pode adquirir seu ingresso nas bilheterias a partir das 14h do dia 01/08.

Foto: Divulgação
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O tema deste edição – “Educação” – toca profundamente naquilo que conhecemos como educação indígena. Não aquela educação levada pela escola ou pela Universidade, mas a educação que se tem a partir do cotidiano, das encantarias, dos fazeres e saberes comunitários, que sim, foram profundamente atravessados pela educação formal, mas soma- se a ela para abrir caminhos. “Abre caminho” é uma ação performática inspirada num banho que minha mãe faz para os filhos, que aprendeu a partir dos saberes que recebeu na vida, sobre como cuidar de si e do outro. Portanto, esta ação é uma mistura de diferentes maneiras de compartilhar conhecimento e promover cuidados. É o acolhimento do público a essas maneiras de ver e estar no mundo, utilizando os diferentes atravessamentos artísticos e culturais vividos pelos indígenas nesses 524 anos de contato. Abre Caminho, que a nossa alegria é a nossa força.

A Performance tem em toda a sua realização a presença de três mulheres indígenas de povos diferentes, preparando o “abre caminho” [cada qual na perspectiva do seu povo]. Enquanto preparam, as cenas/intervenções ocorrem, com as boas vindas narradas pela atriz, seguida do canto de boa vinda executado pelo mestre Boe Bororo. Falas dinâmicas de um professor doutor indígena fazem as conexões entre os saberes indígenas e o mundo da educação formal. A experimentação sonora, busca interceder entre os mundos. Das tecnologias indígenas as tecnologias sonoras não indígenas, o público é levado a essa viagem pelo comunitarismo, marca importante da vida indígena. A racialização, estigmas, desencontros, também chamam a atenção pela presença de Samantha Terena, mulher Terena (trans), liderança em uma área de retomada em Mato Grosso do Sul. Samantha conta como é potente e respeitada a sua presença entre homens e mulheres Terena, ao mesmo tempo em que tem medo do mundo aqui fora. Gean Pankararu e seu convidado, também performatizam a resistência, a partir da música. Por fim, o mestre Boe Bororo faz o ultimo canto, enquanto as mulheres em cena finalizam seus abre caminhos, cantando também, todos num único momento. Ao final, o público é aguardado do lado de fora, para receber o esguicho de “abre caminho” , para voltar para casa e ter um sono bom.

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