Cred. Danielle Braido
Cred. Danielle Braido

Anhangá

Com Cia Asa de Borboleta e Juliana Tupinambá 

Campinas

L

atividade presencial

Local: Espaço Arena

Retirada de ingressos a partir de 2 horas antes do início da atividade. 

Cred. Danielle Braido
Cred. Danielle Braido

Tudo que há no mundo tem corpo para bailar. Seres, naturezas, forças e vibrações divinas bailam suas histórias no fundo da mata. E só quem atenta é que os vê. O corpo ancestral embrenha-se na folhagem como organismo único, a natureza é o homem. Nada se separa nessa cosmovisão. Território é pertença e quem se aparta morre. Muitas foram e são as tentativas de silenciar as histórias, narrativas e corpos indígenas, mas o motivo desta dança é de reafirmá-los enquanto (pres)entes fundamentais da organização de um território, também ancestral. Nada é posse, tudo é dança. O indígena se disponibiliza para a floresta como troca, partilha. O corpo se move na mata como quem escreve sua existência e criva sua subjetividade na casca da árvore. Narrar é deixar marca. O que acontece hoje é festa, mas também é luta. Há violência acontecendo lá fora e, enquanto não ressignificarmos privilégios, usando-os como flecha de combate junto àqueles que tanto suplicam por existência, nada mudará. A flecha lançada no tempo traz uma reza-clamor: bailemos juntos com olhares atentos e disponíveis à escuta. Ouvir o corpo alheio alimenta. Transformemos pedras que atacam em flores que polinizam. A floresta pulsa e clama por seus caminhos.

Nossa dança vem, através da poética do movimento das performances aéreas e da narração de nossa porta voz indígena, saudar os povos da floresta e sua (r)existência, e a importância de um corpo que dança, porque nisto está o pulsar da vida.

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