Conversas públicas no bulevar - Foto: Gean Carlo Seno
Conversas públicas no bulevar - Foto: Gean Carlo Seno

Conversas públicas no Bulevar: O que nos torna humanos?

Com Coletivo Margens Clínicas

Avenida Paulista

Duração: 120 minutos

L

atividade presencial

Grátis

Local: Bulevar

Acesso livre.

Data e horário

De 24/05 a 24/05

24/05 • Sábado • 11h00
Conversas públicas no bulevar - Foto: Gean Carlo Seno
Conversas públicas no bulevar - Foto: Gean Carlo Seno

Rodas de conversa abertas cuja intenção é promover um espaço comunitário de saúde mental com as pessoas participantes. Parte-se da pergunta “Como criamos comunidade?”, e cada pessoa será convidada a falar e escutar as perspectivas presentes, reconhecendo-se nas histórias uns dos outros. A cada encontro serão escolhidos conjuntamente os temas para o encontro seguinte.

Assim, é possível endereçar traumas de violências políticas que afetam a todos enquanto participantes desta sociedade, e nesse percurso os participantes podem se reconhecer nas histórias uns dos outros, aproximando formas de viver e de sofrer que, antes disso, seriam percebidos como sofrimentos individualizados, desconectados de um panorama maior e político.

As “Conversas Públicas no Bulevar” foram pensadas como um dispositivo clínico comunitário e convidativo, aberto ao público, em continuidade ao projeto “Aquilombamento nas margens”, realizado no Sesc Avenida Paulista entre os anos de 2023 e 2024.

Nessas rodas de conversa, busca-se a circulação da palavra e a participação direta do público, para que seja possível tocar em sofrimentos que dificilmente apareceriam mesmo em uma terapia individual, já que se estabelecem no tecido social, no encontro entre diferentes sujeitos. Assim, é possível endereçar traumas de violências políticas que afetam a todos enquanto participantes desta sociedade, e nesse percurso os participantes podem se aproximar de formas comuns de viver e de sofrer que, antes disso, seriam percebidas como sofrimentos individualizados, desconectados de um panorama maior e político.

Os encontros ocorrem com os participantes e as duas pessoas coordenadoras sentando-se em roda. É apresentado um material disparador (um relato, a leitura de um breve texto, uma questão, etc), associado ao tema específico do encontro, convidando as pessoas a falarem e escutarem as perspectivas ali presentes.

É tarefa dos coordenadores garantir que os participantes falem a partir de suas perspectivas pessoais, em “primeira pessoa”, e não de um lugar impessoal ou teórico, assim como garantir que seja um espaço seguro para todos; que o tempo de fala não seja monopolizado por uma ou algumas pessoas e que possa circular por mais pontos de vista. Este último ponto é importante porque a experiência da conversa pública se dá através de um tensionamento de versões e posições, e não na tentativa de criar um consenso, mas de forma que os dissensos possam emergir e serem legitimados, uma vez que são possíveis diversos posicionamentos sobre uma história e isto é curativo, já que exprime a multiplicidade possível da vida e permite transformações de subjetividades antes paralisadas em um ciclo adoecedor.

Kwame Yonatan Poli dos Santos atua como psicanalista, psicólogo clínico e supervisor institucional. Graduado pela Unesp, fez mestrado em Psicologia e Sociedade e doutorado no programa de Psicologia Clínica da PUC-SP.

Laura Lanari atua como psicanalista, pesquisadora, advogada formada pela PUC-SP, mediadora de conflitos pelo NUPEMEC e integrante da Rede Clínica do Laboratório Jacques Lacan (IP-USP).

anits vaz é psicólogue, psicanalista e mestrande no programa Humanidades, Direitos e outras Legitimidades (FFLCH-USP). Integrante da associação Afluentes (serra da Mantiqueira).

Olívia Morgado Françozo é psicóloga, psicanalista e concluiu a Formação Livre em Esquizoanálise em 2023. Atua como clínica no Rio de Janeiro e trabalha com atendimentos a pessoas afetadas pela violência de estado, fazendo parte da equipe clínico-política do NAPAVE desde 2017.

Pedro Oliveira Obliziner é psicólogo e psicanalista, mestre em psicologia clínica e bacharel em em filosofia pela FFLCH-USP. integra diversas iniciativas de coletivização da psicanálise e saúde mental, como o Clínicas de Borda.

O coletivo Margens Clínicas atua desde 2012 com intervenções clínicas teóricas e práticas, supervisão clínica e articulação territorial.

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