Entendendo o movimento social enquanto espaço de experimentos participativos, consolidação de direitos e práticas de proteção social, ele aparece em diversas formas de organização, mobilização e organicidade, não podendo excluir seu lugar analítico e propositivo nas construções de ideias e ideais sociais, emergindo sempre das contradições que fundamentam e estruturam a sociedade. 
Pensando que as verdadeiras revoluções ocorrem a partir das mobilizações que são constituídas com participação social, a ideia de refletir e iniciar um processo ainda que embrionário de movimentações capilares, surge enquanto necessidade também dos movimentos sociais já existentes, a necessidade de alcançar novas intersecções. 
Com isso, se faz necessário não somente a apresentação das lutas e movimentos já organizados e operantes como o Flamas, mas dialogar sobre a construção e organização de novos grupos, ou da ideia de aproximação, pensando em atingir o público em geral, usuários dos serviços socioassistenciais, de saúde e educação, já que não há forma de emancipação e autonomia, se não no conjunto das lutas. 
Falar de processos e direitos em saúde mental, é também dialogar com direito à moradia de qualidade, saneamento básico, acesso a saúde, educação de qualidade, entre tantos outros, não sendo possível dissociar a construção dos movimentos.