Nenhum outro artista brasileiro protagonizou um processo de redenção tão grande, passando das alcunhas “maldito” e “americanizado” para “gênio da raça”. Foi endeusado não somente pelo Olimpo da MPB como pelo mundo do samba — realizando trabalhos antológicos com Clara Nunes e Martinho da Vila — e por artistas de gerações mais novas do pop nacional, como as de Arnaldo Antunes e Tulipa Ruiz, dois de seus colaboradores mais frequentes e recentes.

Além de ter trabalhado por décadas com João Donato (desde 1980 produzindo discos, dirigindo shows e escrevendo roteiros para especiais de TV), Arnaldo DeSouteiro foi seu amigo desde 1975. Acompanhou dezenas de sessões de gravação realizadas por Donato com Caetano Veloso, Djavan, Moraes Moreira, Alaide Costa, Marisa Monte, Nana Caymmi e Nara Leão.

Sua relação com Donato inclui ainda a direção do primeiro show do histórico disco “Quem é quem” no Rio de Janeiro, e do show de lançamento da caixa “A Mad Donato” no Blue Note cario em 2018, além de ter concebido o primeiro songbook de Donato, gravado pelo artista com a cantora Lisa Ono. Produziu também dois álbuns para o mercado japonês e o primeiro lançamento no Brasil, em 2001, do disco de estreia de João Donato nos EUA, “The New Sound of Brazil”.

Com Arnaldo DeSouteiro, produtor musical, jornalista, roteirista, fundador do selo Jazz Station e membro votante do Grammy. Trabalhou para as gravadoras Verve, CTI, BMG, Milestone e Sony-USA, e para as TVs Globo e Manchete. Atuou com João Donato por quatro décadas em shows, gravações e especiais de TV, tendo produzido as edições digitais de seus principais discos. Produziu também João Gilberto, Antonio Carlos Jobim, Luiz Bonfá, João Donato, Dom Um Romão, Marcos Valle, Azymuth, Ithamara Koorax, Claudio Roditi e Mario Castro-Neves, entre outros.