Esgotado
atividade presencial
Local: Sala ômega - 8º andar
Inscrições online a partir de 23/4 (credencial plena) e 25/4 (público em geral) às 14h
Esgotado
Entre abril e junho de 2025, o Sesc Consolação realiza mais uma edição do LivrETA: Ateliê de Escrita Criativa, como parte de sua programação em Literatura. A convidada desta edição é a escritora, professora e ativista Amara Moira.
O projeto tem como proposta estimular, exercitar e orientar pessoas que escrevem — ou desejam escrever — por meio de encontros que combinam leitura, prática e reflexão. Desde sua criação, em 2024, o LivrETA já contou com a participação de nomes consagrados da literatura brasileira contemporânea, como Cidinha da Silva, Renata Carvalho, Aline Bei, Helena Silvestre e Flávio Cafiero, que compartilharam com o público seus processos criativos a partir de exercícios práticos.
Na primeira edição de 2025, quem conduz o ateliê é Amara Moira, doutora em Teoria Literária pela Unicamp e primeira mulher trans a defender uma tese usando o nome social. Seu nome, inspirado na Odisseia de Homero, faz referência às videntes que previam o destino de Ulisses. Amara estreou na literatura a partir de um blog em que relatava suas vivências como prostituta — relatos que, mais do que abordar os limites entre ficção e autobiografia, refletem sobre o papel da literatura como ferramenta de transformação social. Atualmente, é coordenadora de exposições, programação cultural e do núcleo educativo do Museu da Diversidade Sexual. É autora dos livros E se eu fosse puta? (n-1 Edições, 2023) e Neca: um romance em bajubá (Companhia das Letras, 2024).
A cada encontro, fragmentos de obras literárias serão lidos coletivamente e funcionarão como ponto de partida para a experiência crítica e a prática de reapropriação textual. A proposta é que as pessoas participantes iniciem com a escrita automática e avancem na criação de um texto autoral, desenvolvendo-o dia após dia — entendendo a rotina como aliada da criatividade.
A busca por um estilo único e por formas inesperadas de expressão será constante, com a reescrita como base do fazer literário. O fio condutor da oficina é a provocadora ideia de escrever “textos impossíveis” — em todas as acepções do termo: absurdos, impensáveis, impublicáveis e muito mais.
Os textos literários que embasam cada encontro serão disponibilizados com antecedência, e recomenda-se a leitura prévia para que as pessoas já tragam reflexões. Durante os encontros, esses textos serão comentados coletivamente, como exercício de leitura crítica. No início de cada aula, haverá espaço para leitura de fragmentos produzidos durante o ateliê.
29 de abril – Rompendo padrões
Escrita automática e exercícios de estranhamento com matérias sensacionalistas.
06 de maio – Textos absurdos
Discussão de fragmentos do livro Teoria King Kong (2016), de Virginie Despentes.
13 de maio – Escritas eróticas
Análise de contos de Dedo no cru y gritaria (2023), de Mercedes Sonsa.
20 de maio – Textos impensáveis
Leitura e debate dos contos Feliz ano novo (1975), de Rubem Fonseca, e Contramão (2022), de Reinaldo Moraes.
27 de maio – Escritas em código
Exercícios voltados à exploração de linguagens cifradas e codificadas.
03 de junho – Textos impublicáveis
Trechos de Eu sou uma lésbica (1980), de Cassandra Rios, e O caderno rosa de Lori Lamby (1990), de Hilda Hilst.
10 de junho – Exercícios de reescrita
Discussão de trechos de Ulysses (1922), de James Joyce.
17 de junho – Enlameando a imaginação
Leitura e debate do conto Latin lovers (1972), de João Silvério Trevisan.
24 de junho – Textos impossíveis
Apresentação e discussão coletiva dos textos produzidos.
Diário de bordo individual (caderno, bloquinho ou similar);
Lápis e/ou caneta para escrita.
18 horas, distribuídas em nove encontros sequenciais.
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