Foto: Edgar Kanaykõ Xakriabá
Foto: Edgar Kanaykõ Xakriabá

POVOAR-MIRAÇÃO: fazer dançar as imagens

com Idylla Silmarovi, Edgar Kanaykõ Xakriab e Juão Nyn

Pompeia

Duração: 240 minutos

16

atividade presencial

R$ 3,00 Credencial Plena
R$ 5,00 Meia entrada
R$ 10,00 Inteira

Local: Galpão e arredores do Sesc

Inscrições abertas de 23/1 a 30/1, através do app Credencial Sesc SP

Datas e horários

De 04/02 a 08/02

04/02 • Terça a Sábado • 14h00
08/02 • Domingo • 14h00
Foto: Edgar Kanaykõ Xakriabá
Foto: Edgar Kanaykõ Xakriabá

Para muitos povos Indígenas, o conceito de “imagem” está para além daquilo que a sociedade, de modo geral, a enxerga. Sobretudo, reflete como cada sociedade vê, pensa e se relaciona com o mudo em que vive. Em Akw (Xakriabá) Hêmba’ é um termo para se referenciar a alma e o espírito, ao passo que é a mesma tradução para imagem, arte e fotografia. Neste mesmo sentido, o pajé e líder do povo Yanomami, Davi Kopenawa, enfatiza que uma das funções de um xamã é justamente fazer dançar as imagens de seus Xapiri – espíritos que auxiliam os pajés nas relações de guerra, doença e cura.

O projeto é aberto a participação de pessoas interessadas que se inscrevem previamente (40 vagas). Os encontros são divididos ao longo cinco dias presenciais de oficina de criação e um dia de montagem da instalação.

Nos dias presenciais, os artistas compartilham a pesquisa que cada um desenvolve dentro coletivo, bem como os elementos conceituais e teóricos que operam na construção do trabalho numa perspectiva racializada e contracolonial. Práticas de escrita também são desenvolvidas e resultam na feitura de um texto coletivo assinado por todos os participantes e, também, visitam um ou dois monumentos presentes na cidade (previamente definidos e articulados com a produção) em uma pequena ação performativa que é registrada em fotografia e vídeo. Todo esse material levantado culmina na realização de um vídeo-performance exibido no festival. Ou seja, os encontros são teórico-práticos que articula as alianças entre o audiovisual, a performance e as noções de imagem e imaginário.

O dia da montagem da instalação, sexto dia, é composto pela ação performativa de montagem de instalação fotográfica e audiovisual. Nela, exibimos fotografias de toda trajetória de ocupação de monumentos realizada pela Plataforma Ka’adela, bem como as fotos do processo de criação do projeto ao longo dos cinco dias no festival. Deixamos também instalado o vídeo-performance criado ao longo dos encontros com a leitura do texto coletivo.

Dando sequência ao trabalho que os artistas realizam juntos na Plataforma Ka’adela, Edgar Kanaykõ Xakriabá, etnofotógrafo, e Idylla Silmarovi, artista da cena e pesquisadora, propõem a partir dessas questões a criação de um coletivo autônomo e temporário durante uma residência artística de 5 dias, para ocupar coletivamente monumentos no entorno do Sesc Pompeia. Tendo como disparador conceitual as questões levantadas acima que apresentam reflexões em torno da imagem e seus suportes em relação à cidade que habitamos. Com isso, pretendemos criar o que chamamos de “Povoar-Miração” fazendo dançar nossos corpos-imagens tendo como suporte fotografia, vídeo, performance e palavra das artistas e do público inscrito.

POVOAR – MIRAÇÃO: Fazer dançar as imagens

1ª edição: PACT Zollverein (Essen / Alemanha)
2ª edição: Festival Ibero-americano de artes cênicas MIRADA (Santos/SP)
3ª edição: Sesc Pompeia (São Paulo/SP)

A Plataforma Ka’adela, idealizada pela artista da cena e pesquisadora Idylla Silmarovi, nasce em 2021 e, desde então, tem realizado performances, espetáculos e ações formativas, articulando a memória das cidades e dos corpos a partir dos monumentos coloniais presentes em parceria com festivais e instituições de arte do Brasil e de fora do país. Somos uma Plataforma de pesquisa e experimentação em artes cênicas formada por artistas pretos, indígenas, pardos e/ou LGBTQIAPN+ espalhados em diversas partes do Brasil, que mescla a performance, dança, teatro, fotografia e cinema em nossas práticas, já que acreditamos no borrar das fronteiras territoriais e imaginárias.

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