A oficina Purpurinas do Bajubá: escrita e produção de fanzines busca, a partir de memórias e referências pessoais, e da apresentação de itens da coleção do Acervo Bajubá, produzir textos curtos, gravuras e imagens que serão impressos no formato de fanzines. A proposta da atividade é discutirmos sobre processos de registro de memórias e de narrativas historiográficas LGBT+.

A atividade trabalha as referências e as memórias individuais das pessoas participantes sobre história e memória LGBT+ e alguns registros históricos que formam a coleção do Acervo Bajubá, apontado possíveis rupturas e/ou continuidades entre exercícios individuais e coletivos de produção de sentidos sobre experiências históricas de pessoas, espaços, coletivos e organizações LGBT+ no Brasil.

Partindo desse trabalho de memória, no primeiro encontro, são propostos exercícios breves de escrita para materializar em textos e imagens as narrativas que cada pessoa participante produzir sobre história e memória LGBT+. Para tanto, utilizamos as metodologias de produção coletiva de uma linha do tempo sobre história e memória LGBT+ no Brasil e da cartografia afetiva, para que cada pessoa participante pense na narrativa que deseja materializar em seu fanzine.

No segundo encontro, são apresentadas algumas técnicas de pintura e de colagem para a produção de fanzines. Ao final do ciclo, os fanzines produzidos pelas pessoas participantes serão impressos.

O Acervo Bajubá é um arquivo comunitário de registro de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras. Atualmente, ele funciona em uma sala na sede do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), uma organização não governamental de defesa dos direitos das pessoas que vivem com HIV/Aids, que funciona na Vila Mariana, em São Paulo. Neste espaço, encontra-se uma coleção de itens em processo de catalogação que documentam a diversidade sexual e a pluralidade de identidades de gênero na história brasileira, sobretudo a partir da segunda metade do século XX. Tais itens têm materialidades diversas e foram adquiridos por meio de processos de compra em antiquários e sebos ou de doações. Além disso, o Bajubá elabora ações culturais e projetos de produção, mediação e circulação de narrativas históricas sobre pessoas, coletivos, organizações e espaços LGBT+.

Alexandre da Silva dos Anjos é artista visual, pesquisador e curador. Graduado em Desenho de Moda e pós-Graduado em Criação pela Faculdade Santa Marcelina. Atualmente, atua como docente na São Paulo Escola de Dança e no Senac Unidade Lapa Faustolo, além de ministrar oficinas de costura no Sesc Pompéia. Atua como artista, educador e pesquisador no Acervo Bajubá.

Angel Natan – Artista e travesti. Cursou licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade Paulista de Artes (FPA). Atualmente trabalha como Pesquisadora Júnior do Memorial da Resistência de São Paulo. Atuou como educadora nos principais aparelhos culturais de São Paulo, ganhou o concurso “Arte na rua” do festival de música Nômade em 2022. Desde 2020, é artista, educadora e pesquisadora do Acervo Bajubá. É voluntária no Grupo de Incentivo à Vida (GIV).

Lufer Sattui Mejia, peruane não binárie, reside no Brasil desde 2017. Formade em Arquitetura pela Universidad César Vallejo – Perú, atualmente cursa Profissão: Curadoria na EBAC. Com uma trajetória rica em gestão cultural, foi fundadore e gestore da ONG Epicentro Trujillo e monitore de direitos juvenis para o Movimento Homosexual de Lima. Destacou-se como arte-educadore nas exposições blz – ocupação Mônic Nador + JAMAC (2023) e Ancestral: Afro-Américas [Brasil e Estados Unidos] (2024-2025). Atualmente, é artiste, pesquisadore e educadore no Acervo Bajubá.