Rafiki / Divulgação
Rafiki / Divulgação

Rafiki

de Wanuri Kahiu

Pompeia

Duração: 90 minutos

A14

atividade presencial

Grátis

Local: Espaço Cênico

Retirada de ingressos 1h antes na recepção.

Datas e horários

De 09/07 a 12/07

09/07 • Terça • 16h00
12/07 • Sexta • 16h00
Rafiki / Divulgação
Rafiki / Divulgação

Criadas para serem boas esposas e mães, Kena e Ziki anseiam por algo mais. Apesar da rivalidade política entre suas famílias, as garotas resistem e continuam sendo amigas próximas, apoiando-se mutuamente para perseguir seus sonhos em uma sociedade conservadora. Quando o amor floresce entre elas, as duas serão forçadas a escolher entre felicidade e segurança.

Inspirado no conto “Jambula Tree” da premiada escritora ugandense Monica Arac Nyeko, “Rafiki”, que significa “amigo” em suaíli, é a história de amizade e amor entre duas jovens mulheres que vivem no Quênia, um país que ainda criminaliza a homosexualidade.

Segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu, o filme acompanha Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), duas garotas que vivem em um agitado conjunto habitacional em Nairobi e ousam desafiar o status quo. Filhas de políticos locais, a paixão das meninas é intensa, quase instantânea e proibida. A direção do filme opta por retratar esse romance de forma delicada e sutil. Mesmo assim, o filme chegou a ter sua exibição proibida no Quênia. Por se tratar de uma temática LGBTQ, o governo do país alegou que o filme “promovia o lesbianismo”. O Quênia tem uma legislação extremamente conservadora em relação aos direitos dos homosexuais. As relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são penalizadas pelas leis quenianas, e a homossexualidade é considerada ilegal.

Primeiro longa metragem queniano a ser exibido no Festival de Cannes, “Rafiki” integrou a programação da mostra Un Certain Regard em 2018 e foi recebido positivamente pela imprensa internacional, além de representar um enorme avanço para a cinematografia africana.

 

NOTA DA DIREÇÃO

“Eu sempre quis contar uma história de amor africana moderna. Em nossa juventude, raramente víamos filmes sobre jovens africanos apaixonados. Vimos europeus e americanos se apaixonarem, mas nunca nós. Foi só no final da adolescência que vi um jovem casal africano se beijando na tela e ainda me lembro da empolgação, da surpresa e de como aquele filme rompeu minha concepção de romance.

Antes disso, esse tipo de sentimento era reservado a estranhos. O relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é crime no Quênia, com penas de até 14 anos de prisão. Nos últimos cinco anos, durante a Realização do filme, testemunhamos o desenvolvimento perturbador do clima anti-LGBTI na África Oriental. Alguns filmes nacionais e programas de TV internacionais foram banidos por seu conteúdo LGBTI. Sabíamos que fazer um filme como esse envolvia desafiar o cinismo arraigado e exigia que cada membro da equipe pensasse cuidadosamente sobre sua decisão de fazer o filme e conversasse com suas famílias sobre isso. A maioria aceitou, um recusou. Também sabíamos que a realização desse filme exigiria a criação de um espaço incrível de confiança, honestidade e não julgamento.

A criação de Rafik deu início a conversas sobre amor, escolha e liberdade com o elenco, a equipe e nossas famílias. Ele nos ensinou a falar sobre liberdade, não apenas a liberdade de amar, mas também a liberdade de conceber histórias sobre assuntos tabus. Fazer esse filme foi muito gratificante.” – Wanuri Kahiu, diretora

 

FICHA TÉCNICA

Elenco: Samantha Mugatsia, Sheila Munyiva, Neville Misati, Nice Githinji
Direção: Wanuri Kahiu
Roteiro: Wanuri Kahiu e Jenna Bass
Edição: Isabelle Dedieu
Produção: Steven Markovitz
Produção Executiva: Tim Headington
Direção de Produção: Arya Lalloo
Direção de Fotografia: Christopher Wessels
Som Direto: Frederic Salles
Distribuidora: Olhar Filmes

 


CINEMAS CONTRA HEGEMÔNICOS

Esta programação faz parte do projeto de formativas “Cinemas Contra Hegemônicos” que têm como tema cinematografias contrastantes ao mainstream e que tensionam padrões sociais de produção cultural hegemônica. Cinemas marginais, narrativas queer e feministas, produção cinematográfica tensionando as estruturas que consagram o capitalismo globalizado, correntes cinematográficas de regiões inteiras: este projeto é um espaço formativo para conhecer cinemas contra hegemônicos, destinado a todos os públicos interessados.

Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.