A peça, dirigida por Elisa Band, aborda a relação entre os seres que povoam a Terra, sejam eles ancestrais, invisíveis, minúsculos ou imaginários. Acompanhados de música ao vivo, 23 atrizes e atores em cena experimentam línguas estrangeiras, coreografias encantatórias e narrativas ziguezagueantes.

A Companhia Teatral Ueinzz tem um currículo longevo e abundante, composta por seres que se equilibram sobre um finíssimo fio de navalha existencial. É daí, aliás, que vem seu esplendor.

Ficha técnica:
Elenco Aecio Cardoso, Amelia Monteiro, Ana Carmen Del Collado, Ana Goldenstein, Carlos Balpa, Carolina Audjemian, Dersu, Digão, Eduardo Lettiere, Elisa Band, Erika Inforsato, Felipe Shimabukuro, Jayme Menezes, Leonardo Lui Cavalcanti, Luan Bittencourt, Marco Antônio Machado, Marcos Marabelli, Marcos dos Santos, Neith, Onés Cervelin, Peri Pane, Peter Pál Pelbart, Pontogor, Rosana Judkovitch, Valéria Manzalli e Vivi Bento
Direção e dramaturgia Elisa Band
Direção de Arte e Figurinos Marcelo X e Clarisse Valadares
Iluminação Guilherme Soares
Música Peri Pane e Pontogor
Poema Yo Monstruo Mío tradução e interpretação em off de Amara Moira
Operadora de Som Juliana R
Assistente de Som Victor Dantas
Adereços Augustina Colombo, Bruno Rios, Abmael henrique
Costureiras Keila Santos da Silva, Grupo Flor de Kantuta, Jeovanna Rosario Huanca, Zuleyma Calizaya
Produção Corpo Rastreado, Lucas Cardoso e Graciane Fiori
Fotografias de Cena João Caldas
Design Pontogor
Estágio Beatriz Calixto, Carolina Vieira e Sara Miranda
Apoio Institucional PACTO-USP – Grupo de Pesquisa Produção de Subjetividade, Arte, Corpo e Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo

Desde 2022, a Cia Teatral Ueinzz faz parte do Povo da Casa – coletivos que habitam a Casa do Povo.

Ueinzz é território cênico para quem sente vacilar o mundo. Como em Kafka, faz do enjôo em terra firme matéria de transmutação poética e política. No conjunto, há mestres na arte da vidência, com notório saber em improviso e neologismos; especialistas em enciclopédias marítimas, trapezistas frustradas, caçadores de sonhos, atrizes interpretativas. Há também inventores da pomba-gíria, incógnitas musicais, mestres cervejistas e seres nascentes. Vidas por um triz se experimentando em práticas estéticas e colaborações transatlânticas. Comunidade dos sem comunidade, para uma comunidade por vir.