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Para entender o novo álbum do Sepultura

Show no Sesc São José dos Campos (19/julho)<br>Foto: Suely Vieira
Show no Sesc São José dos Campos (19/julho)
Foto: Suely Vieira

Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, faz show com a banda Kisser Clan dia 26/julho no Sesc São Caetano, o show faz parte da programação da unidade para comemorar o aniversário da cidade

O Sepultura, que acabou de gravar um CD, esteve no Sesc São José dos Campos no dia 19 de julho. A EOnline conversou com os músicos Eloy Casagrande (baterista) e Paulo Xisto (baixista) sobre o novo disco, o rock nacional e o sucesso da banda brasileira no mundo.

EOnline – Vocês estão lançando um disco novo agora. Até ontem o trabalho não tinha nome, agora já temos o nome do álbum?
Eloy – Sim!

EOnline – O que os fãs já podem saber sobre esse disco novo do Sepultura?
Paulo
– Só o nome! (risos)
Eloy – O nome e o conceito!

EOnline – Qual o nome e qual o conceito?
Eloy
– O conceito é o que o nome já diz. O disco se chama “The Mediator Between Head and Hands Must Be The Heart” (O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração). O conceito disso é: hoje nós vivemos em um mundo cheio de máquinas e tecnologia, e devemos deixar isso de lado às vezes e trabalhar com o coração. Basicamente é isso!

EOnline – É algo diferente da linha do Sepultura? O nome é diferente do comum da banda!
Eloy
– É um progresso!
Paulo – É um progresso. Todo mundo questionou o nome do disco por ser uma frase. Geralmente os nomes dos discos têm apenas uma ou duas palavras. A ideia foi essa mesmo. A gente sabia que isso ia causar algum tipo de reação.

EOnline – Como vocês vêem o rock nacional atual? O Paulo como um dos fundadores da banda, experiente, e Eloy como um novo músico.
Paulo
– Estávamos falando disso outro dia. Eu não consigo “colocar” um nome de uma banda nova. As bandas que vêm à minha cabeça têm pelo menos dez anos de vida. Estamos numa carência muito grande.

EOnline – Essa carência se refere apenas ao rock nacional ou se aplica ao mundial?
Paulo – A carência é maior no rock nacional, mas o mundial também oferece muita coisa parecida. Não consigo distinguir as bandas. Mas eu sou um roqueiro velho!
Eloy – Minha geração pegou referências “gringas”, eu, basicamente devo conhecer as mesmas bandas nacionais que o Paulo: Paralamas, Titãs. Essa galera da década de 70, 80, até 90. Minha geração se espelhou mais em bandas internacionais.

EOnline – Então você (Eloy) não pegou muito o rock nacional?
Eloy – Um pouco, mas não foi forte na minha formação.
Paulo – A gente gostava de Pernalonga e ele (Eloy) gostava de Pokémon!
Eloy – Eu peguei essa era da internet, na qual se pode escutar de tudo. É muita informação, e acabamos não tendo um foco musical. Ouvi músicas do mundo inteiro, de forma distribuída.

EOnline – O que faz com que uma banda brasileira, mesmo cantando em inglês, consiga tanto sucesso assim?
Paulo – Acho que é um pouco de tudo! Estar no lugar certo na hora certa, sorte, trabalho duro, tocar bastante.
Eloy – Quando eu era apenas um fã deles (Sepultura), eu já notava. Eles criaram um conceito de rock. Todas as bandas desse estilo nasceram influenciadas pelo Sepultura. Eles foram pioneiros.
Paulo – Na nossa época muita gente largou a música, voltou para os estudos e não acreditou que a banda iria pra frente. Nós abraçamos e acreditamos. Escolhemos um nome para assustar as “tias” de Minas Gerais e hoje até elas amam a gente.

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